quarta-feira, 4 de maio de 2011

Entendendo a "Graça de Deus" parte 2.


1:3-4 – "Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo sempre, em todas as minhas orações, súplicas por todos vós com alegria"
Como já destacamos na introdução, a alegria, o gozo são as marcas características de toda carta aos filipenses. Assim também deve ser a vida cristã de cada um de nós.
O amor e fidelidade dos irmãos da igreja de Filipos traziam à memória de Paulo uma lembrança inspiradora. Na realidade, o apóstolo sentia profunda saudade da igreja, e coloca Deus como testemunha desta saudade.
"Pois Deus me é testemunha de que tenho saudades de todos vós, na terna misericórdia de Cristo Jesus." (1:8)
Não era um saudosismo inconseqüente, mas era uma saudade que estimulava a oração intercessória. Paulo era um homem de oração perseverante, como podemos observar nesta expressão:
"Fazendo sempre, em todas as minhas orações...".
Ele estava preso, impedido de realizar a obra missionária por toda parte, como tanto gostava de fazer. Mas, o seu espírito não está preso, e por isso podia continuar a fazer a obra de Deus, exercendo o maravilhoso ministério da oração intercessória.
Paulo era um pastor que orava por seu rebanho e sentia, também, a necessidade da oração do povo de Deus por seu ministério.
"Com toda a oração e súplica orando em todo tempo no Espírito e, para o mesmo fim, vigiando com toda a perseverança e súplica, por todos os santos, e por mim, para que me seja dada a palavra, no abrir da minha boca, para, com intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias, para que nele eu tenha coragem para falar como devo falar." (Ef. 6:18-20)
1:5 – "Pela vossa cooperação a favor do evangelho desde o primeiro dia até agora"
A igreja de Filipos era uma igreja que participava integralmente na expansão do Evangelho. Paulo lembra com gratidão esta cooperação perseverante da igreja, dizendo
"desde o primeiro dia até agora".
Não era uma cooperação momentânea ou esporádica, mas contínua, constante. Era uma igreja que vivia a recomendação de Paulo em I Cor. 15:58.
"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor".
Outro detalhe a destacar é a participação de todos os crentes. Todos participavam com alegria, como bem expressa o apóstolo no v-7:
"...pois todos vós sois participantes comigo da graça, tanto nas minhas prisões como na defesa e confirmação do evangelho".
Paulo tinha muitos motivos para se alegrar com esta igreja. Como alegra o coração do pastor ter uma igreja que coopera, que participa, que se envolve e aceita desafios!
A falta de cooperação e o desinteresse do povo de Deus, trazem tristezas, primeiramente ao coração do Senhor e também ao coração do pastor.
A igreja de Filipos trazia à memória de Paulo, lembranças abençoadoras. Quando as pessoas se lembrarem de nós terão elas gratidão pela nossa fidelidade e amor? Seremos lembrados pela nossa fidelidade e amor à Palavra como foram Loide e Eunice?
"Trazendo à memória a fé não fingida que há em ti, a qual habitou primeiro em tua avó Loide, e em tua mãe Eunice e estou certo de que também habita em ti."
(II Tim. 1:5)
A Bíblia fala de um homem que morreu sem deixar, de si, saudades: Jeorão
"Ti
nha trinta e dois anos quando começou a reinar, e reinou oito anos em Jerusalém. Morreu sem deixar de si saudades; e o sepultaram na cidade de Davi, porém não nos sepulcros dos reis." (II Crôn. 21:20)
Que sejamos fiéis em toda nossa vida cristã e grandes colaboradores da obra do Senhor, como os crentes de Filipos e sejamos exemplos como Loide e Eunice para que se lembrem de nós com gratidão, como Paulo aqui se expressa.

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