Deveríamos seguir o padrão de Jesus e Paulo. Deveríamos lutar contra a
incredulidade da ansiedade com as promessas da graça futura. Quando
estou ansioso sobre alguma nova aventura ou me encontro preoucupado, luto
com uma das minhas promessas mais frequentemente usadas: Isaías 41:10. O
dia que parti para os Estados Unidos, para ficar três anos ali,e ja estou a 16 anos.
Meu amigo me
ligou de uma longa distância e me deu essa promessa ao telefone. Por 16
anos eu devo ter citado-a para mim mesmo umas Dezeseis mil e quinhentas vezes em
meio a períodos de tremendo estresse.
"Não temas, porque eu sou
contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e
te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel" (Isaías 41:10).
Quando o motor da minha mente está no neutro, o zunido do sistema de
marchas é o som de Isaías 41:10.
Quando estou ansioso sobre meu ministério ser inútil e vazio, eu luto
contra a incredulidade com a promessa de Isaías 55:11:
"Assim será a
palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o
que me apraz e prosperará naquilo para que a designei."
Quando estou ansioso sobre ser muito fraco para realizar o meu
trabalho, eu luto contra a incredulidade com a promessa de Cristo:
"A
minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2
Coríntios 12:9).
Quando estou ansioso sobre decisões que preciso tomar sobre o futuro,
eu luto contra a incredulidade com a promessa:
"Instruir-te-ei e te
ensinarei o caminho que deves seguir; e, sob as minhas vistas, te darei
conselho" (Salmos 32:8).
Quando estou ansioso sobre encarar oponentes, eu luto contra a
incredulidade com a promessa:
"Se Deus é por nós, quem será contra
nós?" (Romanos 8:31).
Quando estou ansioso sobre o bem-estar daqueles a quem amo, eu luto
contra a incredulidade com a promessa que se eu, sendo mau, sei como
dar coisas boas para os meus filhos,
"quanto mais vosso Pai, que está
nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?" (Mateus 7:11). E luto
para manter meu equilíbrio espiritual com a lembrança que
ninguém há
que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos,
ou campos por amor a Cristo "que não receba, já no presente, o
cêntuplo de casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com
perseguições; e, no mundo por vir, a vida eterna" (Marcos 10:29-30).
Quando estou ansioso sobre ficar doente, eu luto contra a incredulidade
com a promessa:
"Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR de
todas o livra" (Salmos 34:19). E tomo a promessa com temor: "
A
tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a
experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de
Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi
outorgado" (Romanos 5:3-5).
Quando estou ansioso sobre estar ficando velho, eu luto contra a
incredulidade com a promessa:
"Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e,
ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei,
pois, carregar-vos-ei e vos salvarei" (Isaías 46:4).1
Quando estou ansioso sobre morrer, eu luto contra a incredulidade com a
promessa que
"nenhum de nós vive para si mesmo, nem morre para si.
Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor
morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi
precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser
Senhor tanto de mortos como de vivos" (Romanos 14:7-9).
Quando estou ansioso sobre a possibilidade de naufragar na fé e me
afastar de Deus, eu luto contra a incredulidade com as promessas:
"aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de
Cristo Jesus" (Filipenses 1:6); e
"também pode salvar totalmente os que
por ele [Cristo] se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por
eles" (Hebreus 7:25).
Essa é a forma de vida que ainda estou aprendendo à medida que me
aproximo dos meus cinqüenta e seis anos. Estou escrevendo este livro na
esperança, e com a oração, que você se unirá a mim. Lutemos, não contra
outras pessoas, mas contra nossa própria incredulidade. Ela é a raiz da
ansiedade, a qual, por sua vez, é a raiz de muitos outros pecados.
Assim, liguemos nossos pára-brisas, o jato de água e mantenhamos nossos
olhos fixos nas mui grandes e preciosas promessas de Deus. Tome a
Bíblia, peça auxílio ao Espírito Santo, guarde as promessas em seu
coração, e lute o bom combate –
viver pela fé na graça futura. Porque o nosso Deus cumpre todos as suas promessas.
Jorge Benny Castilho