Se você é uma pessoa negligente, indolente, preguiçosa, que não paga
os seus impostos, que não dá um bom exemplo aos seus subordinados, que
não se aplica no que faz, qual será a justiça para si? Será o
desemprego, o despedimento, o fecho da sua empresa….
E, se você quer a justiça de Deus, mas vive na prática do engano e da
mentira, aproveitando-se da ignorância alheia, não assumindo a sua fé, o
que é que acha que irá acontecer? A sua situação irá piorar e Cristo
falou sobre isto, ao explicar que para receber a justiça de Deus não
basta ser honesto e crer em Deus, você tem de fazer algo para além
disso.
“Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer” (Lucas 18.1).
Cristo começou por falar da justiça ligando-a à perseverança. Daqui
pôde constatar que, mesmo tendo direitos, você tem que perseverar para
que estes se possam cumprir, inclusivamente com Deus. Não basta orar e
pronto! Você tem que orar sem nunca esmorecer. E quando é que você
esmorece? Quando há uma dúvida de que a bênção irá ser alcançada, pois,
quando você crê, você insiste.
Em Lucas, no capítulo 18, dos versículos 2-6, Cristo deixou bem claro
que naquela cidade havia um juiz iníquo, que não respeitava a nenhum
homem, nem sequer temia a Deus. Contudo, naquela cidade também havia uma
viúva que temia a Deus, que respeitava o próximo e que sabia quais eram
os seus direitos. E quando esta foi falar com esse juiz, viu que ele
era contra ela, pois este era injusto, não respeitando ninguém, nem
temendo a Deus.
Portanto, esta viúva, para além do adversário que era o seu problema,
ainda teve de enfrentar um outro adversário, o próprio juiz. Porém, ela
sabia o que tinha a seu favor, que eram os seus direitos. Então, e você
que diz que não tem ninguém a seu favor e se pergunta como é que a
justiça irá prevalecer na sua vida? A si posso-lhe dizer que se você
sabe quais são os seus direitos, você irá fazer como esta viúva fez, ou
seja, lutará, clamará e importunará até que estes sejam respeitados.
Afinal, você viu que o juiz concordou em julgar esta causa para que a
viúva o deixasse de importunar e não o viesse a molestar.
“Então, disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo” (Lc 18.6).
Se o juiz mesmo sendo injusto e mau, não respeitando ninguém, nem
crendo em Deus, fez justiça na vida da viúva, o que não fará Deus na sua
vida? Pois, Deus que é bom, justo e que deseja que você desfrute de uma
vida de qualidade, o que é que Ele não fará na sua vida? E você pode
até perguntar-se: mas porque é que Ele ainda não o fez?
“Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?” (Lc 18.7).
Deus não pode fazer justiça se você pratica a injustiça. Se você quer
que Deus o salve, você tem que se batizar nas águas; se você quer que
Deus o perdoe, a justiça é que você perdoe ao seu próximo… Portanto, o
primeiro passo que você terá de dar é praticar a justiça; o segundo é
não abrir mão dos seus direitos; e a terceiro, é buscar a justiça de dia
e de noite. Você precisa de ter sede e fome de justiça, porque senão
não perseverará, não insistirá, não fará o que tem de fazer, estando a
abrir mão dos seus direitos e a injustiça prevalecerá.
“Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18.8).
Deus quer fazer justiça agora e depressa, porque Ele quer que você seja
feliz já. Porém, lembre-se de que falar é uma coisa, mas fazer é outra.
Uma coisa é clamar e outra é você fazer o que tem de fazer.
Aquela viúva, que simbolizava o desamparo, o esquecimento e a
impotência, teve a sua justiça, pois, Deus agiu na sua vida e ela viu os
seus direitos serem cumpridos. Portanto, se você crê, realmente, nos
seus direitos, nunca irá abrir mão deles e fará o que tem de fazer,
perseverando para que a justiça venha a prevalecer sobre a injustiça.
Então, nesse momento, Deus depressa fará justiça, pois quando Ele descer
sobre a sua vida, Ele verá que as suas obras são justas.