domingo, 24 de fevereiro de 2013

Quando a justiça é feita ?

Se você é uma pessoa negligente, indolente, preguiçosa, que não paga os seus impostos, que não dá um bom exemplo aos seus subordinados, que não se aplica no que faz, qual será a justiça para si? Será o desemprego, o despedimento, o fecho da sua empresa….
E, se você quer a justiça de Deus, mas vive na prática do engano e da mentira, aproveitando-se da ignorância alheia, não assumindo a sua fé, o que é que acha que irá acontecer? A sua situação irá piorar e Cristo falou sobre isto, ao explicar que para receber a justiça de Deus não basta ser honesto e crer em Deus, você tem de fazer algo para além disso.
“Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer” (Lucas 18.1). Cristo começou por falar da justiça ligando-a à perseverança. Daqui pôde constatar que, mesmo tendo direitos, você tem que perseverar para que estes se possam cumprir, inclusivamente com Deus. Não basta orar e pronto! Você tem que orar sem nunca esmorecer. E quando é que você esmorece? Quando há uma dúvida de que a bênção irá ser alcançada, pois, quando você crê, você insiste.
Em Lucas, no capítulo 18, dos versículos 2-6, Cristo deixou bem claro que naquela cidade havia um juiz iníquo, que não respeitava a nenhum homem, nem sequer temia a Deus. Contudo, naquela cidade também havia uma viúva que temia a Deus, que respeitava o próximo e que sabia quais eram os seus direitos. E quando esta foi falar com esse juiz, viu que ele era contra ela, pois este era injusto, não respeitando ninguém, nem temendo a Deus.
Portanto, esta viúva, para além do adversário que era o seu problema, ainda teve de enfrentar um outro adversário, o próprio juiz. Porém, ela sabia o que tinha a seu favor, que eram os seus direitos. Então, e você que diz que não tem ninguém a seu favor e se pergunta como é que a justiça irá prevalecer na sua vida? A si posso-lhe dizer que se você sabe quais são os seus direitos, você irá fazer como esta viúva fez, ou seja, lutará, clamará e importunará até que estes sejam respeitados. Afinal, você viu que o juiz concordou em julgar esta causa para que a viúva o deixasse de importunar e não o viesse a molestar.
“Então, disse o Senhor: Considerai no que diz este juiz iníquo” (Lc 18.6). Se o juiz mesmo sendo injusto e mau, não respeitando ninguém, nem crendo em Deus, fez justiça na vida da viúva, o que não fará Deus na sua vida? Pois, Deus que é bom, justo e que deseja que você desfrute de uma vida de qualidade, o que é que Ele não fará na sua vida? E você pode até perguntar-se: mas porque é que Ele ainda não o fez?
“Não fará Deus justiça aos seus escolhidos, que a ele clamam dia e noite, embora pareça demorado em defendê-los?” (Lc 18.7). Deus não pode fazer justiça se você pratica a injustiça. Se você quer que Deus o salve, você tem que se batizar nas águas; se você quer que Deus o perdoe, a justiça é que você perdoe ao seu próximo… Portanto, o primeiro passo que você terá de dar é praticar a justiça; o segundo é não abrir mão dos seus direitos; e a terceiro, é buscar a justiça de dia e de noite. Você precisa de ter sede e fome de justiça, porque senão não perseverará, não insistirá, não fará o que tem de fazer, estando a abrir mão dos seus direitos e a injustiça prevalecerá.
“Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Contudo, quando vier o Filho do Homem, achará, porventura, fé na terra?” (Lc 18.8). Deus quer fazer justiça agora e depressa, porque Ele quer que você seja feliz já. Porém, lembre-se de que falar é uma coisa, mas fazer é outra. Uma coisa é clamar e outra é você fazer o que tem de fazer.
Aquela viúva, que simbolizava o desamparo, o esquecimento e a impotência, teve a sua justiça, pois, Deus agiu na sua vida e ela viu os seus direitos serem cumpridos. Portanto, se você crê, realmente, nos seus direitos, nunca irá abrir mão deles e fará o que tem de fazer, perseverando para que a justiça venha a prevalecer sobre a injustiça. Então, nesse momento, Deus depressa fará justiça, pois quando Ele descer sobre a sua vida, Ele verá que as suas obras são justas.