sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O AMOR E A BÍBLIA.


O SIGNIFICADO DO"AMOR" NA BÍBLIA

O  AMOR  E  A  BÍBLIA

Temos basicamente 4 (quatro) palavras gregas para se traduzir como AMOR. São elas: 1. Eros (físico, sexual), 2. Storge (familiar), 3. Philia (amizade) e 4. Ágape (amor incondicional).
1. EROS (físico, sexual)
Eros é o “deus grego do amor”, também conhecido como o “deus do caos” cupido (amor em latim)
A primeira palavra grega é “Eros”. Aparece com freqüência na literatura grega secular.  Eros é o amor totalmente humano, carnal, voltado para o sexo. Daí veio a palavra: ERÓTICO.
Esse tipo de amor pode até incluir algum sentimento verdadeiro; mas sempre com interesse próprio, com expectativa de satisfação pessoal. Eros é basicamente atração física; desejo sexual. O Eros apresenta-se como amor pelo outro, mas é amor por si próprio (exemplo: eu amo você porque você me dá prazer, porque você me faz feliz). É o AMOR entre os sexos; sempre há um predominante físico, e sempre envolve o amor sexual.
Eros representa a parte consciente do amor que uma pessoa sente por outra. É o amor que se liga de forma mais clara à atração física.  Eros está representado no livro de Cantares (onde Salomão deleitava-se com a beleza de sua amada) e na tradução de Provérbios 7.18, onde uma prostituta faz o seguinte apelo: “Vem, embriaguemo-nos com as delícias do amor, até pela manhã”. Nesse versículo, “amor” é uma representação para Eros. Esta palavra não aparece no NT em nenhum lugar, pois ela passou a ser ligada com a concupiscência da carne mais do que com o amor.  É a sensualidade que leva a atração física e depois às relações sexuais. Algumas traduções o descrevem como "o amor do corpo". “Eros” como alguém já disse, é o amor ainda sem conversão.
 2. PHILIA-philos-Fileo (amizade)
É o AMOR mais nobre para o GREGO SECULAR. Descreve um relacionamento caloroso, íntimo e tenro com o outro.  Inclui o lado físico, pois “philein” que pode significar beijar ou acariciar, mas philía, como todas as coisas humanas podem alterar-se, pode diminuir e seu calor esfriar.  Em Aristóteles – “amar é regozijar-se”.
A palavra “philia” é rotineiramente traduzida por amizade.  Philia é o amor da troca (50% dado 50% recebido), a alegria de amar.
 Expressões usadas: metade da laranja; gostamos das mesmas coisas, meu parceiro me completa, meu parceiro pensa como eu; fazemos muitas coisas juntos; gostamos das mesmas coisas, sou feliz porque é bom para mim.
Em TEXTOS ANTIGOS, a philia denota um tipo de amor humano.  É a alegria de amar global, usado como amor entre a família, entre amigos, um desejo ou a apreciação de uma atividade, bem como entre amantes.
Phileo - Também usados no Novo Testamento, é uma resposta humana a algo que é bom e delicioso. Também conhecida como "amor fraternal". Relaciona com a alma, mais do que com o corpo. Lida com a personalidade humana, o intelecto, as emoções e a vontade. Envolve compartilhamento mútuo. Em português, a palavra mais próxima é “amizade”. A forma nominal é usada apenas uma vez no Novo Testamento (Tiago 4.4), mas o verbo “amar”, no sentido de “gostar”, e o adjetivo “amável” são usados muitas vezes.
Este é o grau de afeição que Pedro disse ter por Jesus quando este lhe perguntou, “Simão, filho de João, tu me amas?”. O pescador respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. No original grego, o sentido é: “Sim, Senhor, tu sabes que gosto de ti, que sou teu amigo” (João 21. 15-16
 A philos de Philia (φιλία), amizade no GREGO MODERNO, um amor virtuoso desapaixonado; conceito desenvolvido por Aristóteles. Inclui a lealdade aos amigos, à família, e à comunidade; e requer a virtude, a igualdade e a familiaridade. Aristóteles escreve: “O prazer do amante é contemplar a sua amada, o prazer da amada é receber as atenções do seu amante, mas quando murchar a beleza da amada, a amizade (philia) às vezes murcha também, visto que o amante já não acha prazer na visão da sua amada, e a amada não recebe atenção do amante”.
 3. STORGE (amor familiar)
 No GREGO ANTIGO Storg (polytonic | στοργή) storgē) é o afeto natural como a que sente por pais para filhos, é o amor social.
Storge; palavra no GREGO SECULAR é a palavra do AMOR n amor no lar, do amor dos pais para com os filhos e dos filhos para com os pais, do amor entre irmãos e irmãs, amor entre parentes. Este amor envolve reciprocidade. Este amor é objetivo, pois unem almas, vidas, corações corpos. Exige-se disciplina lealdade entre os dois que amam.
É o amor mais relacionado à família – Romanos 12.10 – Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros, mais do que a vocês. É o amor que pode desaparecer; amor mencionado em Romanos 1.31 – insensatos, pérfidos, sem afeição natural, sem misericórdia.  2 Timótio 3.3 – sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons.
O AMOR FAMILIAR – Pela Palavra filhos de Adão; pois nem todos são filhos de DEUS, somente os nascidos de novo, regenerados pelo poder da Palavra de DEUS, assim a família de DEUS só é formada por salvos em CRISTO.
A família moderna estrutura-se basicamente em torno do casamento, e nesse sentido, é uma família conjugal – sabemos que há a “família pós-moderna” e seus novos arranjos sociais (exemplo: pais separados, casais homo afetivos, adoção por avós e outros).
A relação familiar é algo extremamente complexa e dinâmica. Daí o amor se constitui em um desafio de escolha diária: escolher amar o outro apesar das diferenças e do desgaste que muitas vezes a relação apresenta diante do fator tempo; mas em geral, mantêm ligações bastante duradouras e estáveis. (Eclesiastes 9.9).
Você pode estar pensando que isso não é fácil, mas com a sua escolha adicionada à graça de Deus torna-se possível. Porque família é projeto de Deus em primeiro lugar; Ele é o maior interessado por ela. Mas família também tem que ser projeto de homens e mulheres; ou seja, é preciso participação de cada membro da família no sentido da ajuda mútua.
Os cristãos acreditam que Jesus mandou: “Amar a Deus de todo o coração, mente e força e amar ao teu próximo como a ti mesmo”. (Marcos 12.31).
4. ÁGAPE (amor incondicional)
 No GREGO SECULAR tem-se pouca orientação. Ágape é uma palavra nova que descreve uma qualidade nova, uma palavra que indica uma atitude nova para com os outros, uma atitude nova dentro da Comunidade, e impossível sem a dinâmica e vida cristã. “Todos os seres humanos possuem, por natureza, os três tipos de amor já mencionados (“eros”, “fileo” e “storge”), entretanto, o amor “ágape” só se adquire quando se nasce de novo, ou seja, ele passa a operar na vida do homem, quando este se torna templo do Espírito Santo (Gl 5.16-22)”.
No idioma original das Escrituras Gregas Cristãs, a palavra para este quarto tipo de amor é “ágape”. Essa palavra ocorre em 1 João 4.8, que diz: “Deus é amor.” De fato, “amamos porque (Deus) nos amou primeiro”. (1 João 4.19) O cristão cultiva esse amor primeiro por Deus e, daí, pelos seus semelhantes. (Marcos 12.29-31) A palavra ágape é também usada em Efésios 5.2, que diz: “Prossegui andando em amor, assim como também o Cristo vos amou e se entregou por vós.” Jesus disse que esse tipo de amor identificaria seus verdadeiros seguidores: “Por meio disso saberão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor (ágape) entre vós.” (João 13.35). Ágape se encontra também em 1 Coríntios 13.13: “Permanecem a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o “amor” (ágape).”
No Novo Testamento AGAPE é caridade, é amor altruísta e incondicional. É amor paternal e a maneira que Deus ama a humanidade; visto na criação do mundo, na morte e ressurreição de Jesus Cristo; na regeneração de criatura para filho. Por isso, é visto pelos cristãos como o tipo de amor que os homens têm de aspirar a um ou outro.
Agostinho disse a respeito de Deus que Ele ama a todos como se houvesse uma só pessoa para Ele amar; o amor cristão deve modelar-se no amor de Deus. Há um sentido em que o “amor cristão” difere radicalmente do amor humano comum. O amor humano comum é a reação do coração; é algo que simplesmente ocorre. Mas ÁGAPE, o “amor cristão” é um exercício da pessoa integral (espírito, alma, corpo). É um estado não somente do coração, mas também da mente; faz parte dos sentimentos, emoções, vontade. Não é alguma coisa que simplesmente acontece e que não podemos evitar, mas sim, é algo que temos que desejar. Não é algo com que não temos nada a fazer; é uma conquista e uma realização.
É verdade que o “amor cristão” não é uma coisa fácil e sentimental; não é uma resposta emocional automática e não procurada. É uma vitória sobre o próprio “eu”. O “amor cristão” é o fruto do Espírito;  e é impossível manifestá-lo sem a presença e a força de Jesus Cristo. Amar é um sentimento que nunca deveria ser extinto do ser humano, apesar de a Palavra de Deus afirmar que, “por se multiplicar a iniqüidade (o pecado), o amor (“ágape”) de muitos se esfriará.” (Mt 24.12).
Entendendo que Deus nos ama como somos, a despeito de nossas falhas, das nossas atitudes e atos egoístas; refletindo sobre este amor, observando e agradecendo as manifestações diárias deste amor, aprenderemos a amar de verdade. Como Deus derramou do Seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que Ele nos concedeu (Rm.5.5).
 “O fruto do Espírito é amor…” (Gl 5.22). Assim, seremos capazes de amar com o “amor incondicional”.
A verdade simples é que o mundo não pode praticá-la; somente o cristão cheio do Espírito e dedicado a Jesus Cristo pode fazer e viver esta Verdade do Senhor, o AMOR INCONDICIONAL. 

Bibliografia: Do Livro.
O verdadeiro Amor de Deus.

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